sexta-feira, 8 de abril de 2011

Introdução...

Na disciplina de "Comunicação e Expressão", do curso de graduação de Filosofia da UFSCar, nos foi dada a missão de criar um blog, à partir de "inspirações"  do texto de Boaventura de Sousa Santos, intitulado "Um discurso sobre as Ciências na transição para uma ciência pós-moderna". Bom, o texto, em sua abrangência e extensão, nos permite extrair e coletar dele , todo material para os mais diversos sentidos de assuntos, e com o objetivo de oferecer, ainda que superficialmente, algo além do obsoleto enfoque sobre as situações problemáticas que se inicia nos pensamentos sobre o eu, quem somos, o que fizemos, o que estamos fazendo, etc... e tentar nos encontrar frente à uma demasiada modernidade caótica, repleta de bases em corrosão, de frágil  alicerce e falha estruturação; optamos, então, por tão somente, enaltecer e enfatizar a responsabilidade e o poder do EU, do ser singular, do indivíduo por si só, distinto de grupos de manifestações, organizações, seitas, religiões, ou qualquer tipo de agrupamento, enfim, pois, sempre acabamos por nos excluir, inconscientemente, mesmo que seja, no que concluímos, por exemplo, ao mencionar alguma citação tal como “Estamos destruindo o mundo em que vivemos enquanto construímos e/ou contribuímos para o avanço da ciência e novas tecnologias”, acabamos por pensar “estão destruindo, mas EU NÃO”, abstraindo-se de certa culpa, que, ao final, todos temos.
Mas o objetivo está longe de buscar ou encontrar culpados e “chorar sobre o leite derramado”.
O texto de Boaventura de Sousa Santos, nos direciona à percepção de uma transição social e suas consequências, nas quais, nos encontramos contemporaneamente.Cita inúmeros problemas, mas não chega a explicitar soluções plausíveis.
Poderíamos ter optado por inúmeros recursos complexos, tais como, argumentar sobre os em torno dos princípios e incertezas e suas conexões com a Filosofia, a formação do conhecimento que forma cada indivíduo em sua singularidade, etc. Porém, embora sedutores e apaixonantes temas pudessem ter sido escolhidos, dada a limitação de tempo (20 min.), sentimo-nos simultaneamente favorecidos e desfavorecidos, pois, nenhum tema complexo ou sinuoso, poderia ter sido abordado dentro deste tempo, além do meramente superficial, tornando-o irrelevante ou dispensável, possivelmente.Porém, nosso foco não é apontar causas e efeitos dos avanços tecnológicos e suas problemáticas, mas sim, temos como objetivo, a modesta proposta, no caso, da ativação de manifestações individuais e cotidianas, que oferecerão evidentes mudanças e soluções a longo prazo, por meio, da imaginação e da criatividade individual, desenvolvendo, assim, novas idéias e contribuições, ainda que modestas, tão funcionais quanto cotidianas.
Dada a limitação de tempo,a apresentação do seminário em aula, torna-se empobrecida da possibilidade de modelos ou métodos da busca de soluções por meio das ferramentas criatividade, imaginação e atitude.Porém, resolveremos este problema com as postagens no blog, que nos fará exibir a  proposta e as idéias consecutivas, de forma mais abrangente e integral.
Mas cabe ressaltar, que o importante é saber que o desenvolver do uso das idéias que serão propostas, é independente, livre, individual de cada espírito livre, ao seu tempo e justo critério de escolha.
O desenvolvimento pessoal e a atitude singular, antes de tudo, não implicam na desvalorização do comunitário, mas, sim, na valorização do poder do EU e no enobrecimento e enaltecimento da possibilidade deste eu, em tomar suas próprias e individuais atitudes, percebendo-se capaz de fazer sua própria contribuição diária, para a construção contínua de um mundo melhor, mais digno, auto-sustentável e mais justo pra se viver.


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