sexta-feira, 6 de maio de 2011

O homem virtuoso e a felicidade

(Aristóteles, Kant e Mill - Ilustração de Alex Xavier)
    Há muito que o ser humano busca incessantemente por um modelo ideal de indivíduo, um ser que se aproxime de um utópico modelo de perfeição, no qual todos os seus atos seriam os mais assertivos possíveis, para com ele mesmo e para com a sociedade. No entanto, a dúvida permanece, pois será possível se alcançar o parâmetro estipulado de ser humano ideal?!
   Se for pra nos aproximar cada vez mais da felicidade, não nos custa continuar tentando, haja vista, o ser humano, em cada um de seus atos, esta em busca de alcançá-la, mesmo quando inconscientemente. As pessoas estudam, trabalham, ganham dinheiro, e enfim, fazem tudo o que fazem, apenas em busca de serem felizes. Ninguém estuda pra ficar mais sábio, puramente; estuda-se pra ser feliz. Ninguém trabalha pra ganhar dinheiro, puramente; trabalha-se pra ser feliz. E assim vem sendo. E tudo que possamos fazer pra nos auxiliar na busca da felicidade, faremos, mesmo sabendo que a felicidade não é nada concreto, nada conquistável permanentemente e não é nada com garantia de durabilidade ou de tempo de uso.

   Abaixo citamos breve trecho de texto com filosofia de Aristóteles, que trata sobre o homem virtuoso e a felicidade:

O homem virtuoso e a felicidade:

   "O Estado deve ser uma associação de seres iguais procurando uma existência feliz. O fim último do homem é a felicidade. Esta atinge-se quando o homem realiza, devidamente, as suas tarefas, o seu trabalho, na polis, a cidade. A vida da razão é a virtude.
    Uma pessoa virtuosa é a que possui a coragem (não a covardia, não a audácia), a competência (a eficiência), a qualidade mental (a razão) e a nobreza moral (a ética). O verdadeiro homem virtuoso é o que dedica largo espaço à meditação. Mas nem o próprio sábio se pode dedicar, totalmente, à reflexão.
    O homem é um ser social. O que vive, isoladamente, sempre, ou é um Deus ou uma besta. A razão orienta o ser humano para que este evite o excesso ou o defeito (a coragem - não a covardia ou a temeridade). O homem deve encontrar o meio-termo, o justo meio; deve viver usando, prudentemente, a riqueza; moderadamente os prazeres e conhecer, corretamente, o que deve temer."
Fonte: http://www.vidaslusofonas.pt/aristoteles.htm

Um comentário:

  1. Eu não acho que existe um único modelo de ser humano ideal. Cada um tem o seu, e ele depende muito da época em que você vive e das pessoas com que você se relaciona e admira...
    Nós nunca podemos prever as conseqüências dos nossos atos a longo prazo. O que parece certo hoje pode ser completamente errado amanhã... Não é complicado estipular padrões ideais?

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